sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E JESUS, IMEDIATAMENTE, SECOU A FIGUEIRA

                     No Evangelho de Marcos, cap. 10, vers. 45, Jesus explica  uma entre as funções principais de sua vinda na terra: Veio para servir e não para ser servido. Infelizmente, como os fariseus, no tempo de Jesus, as pessoas adoram teorizar sobre os grandes temas da humanidade, sobre os problemas que a afetam, sem, contudo, tentar, pelo menos, mover "um dedinho"  que seja,  para minorar aquela  situação desfavorável, pelo menos de um "próximo" que esteja mais próximo. Não dá para servir à distância, sem entrar em contato com as pessoas. Não dá para servir sem envolvimento pessoal. Serviço requer envolvimento. Amor, caridade, em seu sentido intrínseco, é diferente de filantropia, que é um termo genérico, que depende exclusivamente da doação material.
                      "Não tenho tempo como deveria", "não tenho estrutura psicológica", "sou fraco para essas coisas" e etc, são as desculpas clássicas de quem acha que não pode ou não quer mesm oabrir mão de seus privilégios, do conforto de sua cama, de sua rotina, que muitas vezes a está esmagando, tornando-a um ser inútil aos olhos de Deus e aos olhos de seu próximo.  Só teremos estrutura, só seremos suficientemente fortes, somente nos manteremos de pé, apesar dos tropeços, se, como galhos de uma enorme árvore, estivermos ligados ao tronco (Pai), recebendo a seiva abençoada que vem do criador e nos faz fortalecidos para erguer os que estão caídos.
               "Sem mim, nada podereis fazer..." são palavras de Jesus em João 15.5, então,  há vara que está dando fruto e há outras que não estão, assim, temos  necessidade de manter a vara limpa, para que ela dê mais frutos . Conhecemos a consequência da vara que não está frutificando. Ela serve somente para ser lançada no fogo e queimada. E, se não estamos frutificando, Jesus fez um alerta em: João 15.2: "Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto". Lembremos da passagem de Jesus,  onde o Mestre, cansado e faminto pediu à figueira que lhe desse um fruto e ela se negou, razão por que Jesus a amaldiçoou para que ela secasse e nunca mais frutificasse.
Podemos extrair duas lições desse episódio: Primeira, pertencemos a Cristo para darmos frutos para Deus (Rm 7.4). Segunda, a inexistência de frutos espirituais no crente comprova que não pode permanecer no meio do povo de Deus, portanto, é desarraigado de Cristo (Jo15.2). As obras não salvam, só Jesus salva, conforme preconiza as Escrituras, mas fomos formados e talhados para as boas obras, para andarmos segundo a vontade de Deus e se não estivermos fazendo parte do Reino, nossas obras serão mortas. Primeiro temos de buscar o Reino, para que nossos frutos sejam verdadeiros.
               Num mundo em que as pessoas gostam de ser servidas, Jesus nos apresenta um caminho melhor. Um caminho tão necessário para esta geração do EU em primeiro lugar.  "Isso me convém", "isso me interessa", "aquilo vair ser bom para minha vida"," isso pode me trazer algum ganho moral ou material" e por aí afora.
            Jesus propõe algo revolucionário: Seja servo. Dê de si mesmo para os outros. Coloque a mão nas feridas e alivie o outro da coceira ou da dor, lave o chão, cozinhe, lave os pés daquele que está impossibilitado de fazê-lo. Uma palavra falada na dose certa, no momento oportuno...  Isso não diminui ninguém, nem o torna menos importante. Jesus lavou os pés dos Apóstolos e o fez com amor e doação. É muito fácil amar o belo, os bem-nascidos, os "perfeitos" perante os olhos humanos, os de boa cabeça, os privilegiados da sorte, difícil é amar os menos favorecidos, fazer algo pelos desprivilegiados da sorte, os pequeninos de Deus.
             À luz disto,  eu entendo porque,  embora sejamos uma geração de pessoas tão voltadas para nós mesmos, que pensamos tanto em nós mesmos, ainda somos infelizes. Por que será?  Enquanto não nos dermos por inteiro, sem amarras, sem preconceitos, com todo o amor de que é possível ao ser humano, como reflexo da bondade do Deus vivo, seremos vítimas de nosso próprio egoísmo: essa torre de marfim, esse invólucro de cristal que nos põe a salvo do mundo, a serviço dos prazeres pessoais mundanos... Embora lutemos tanto pelos primeiros lugares, a alegria duradoura só é atingida quando descemos do pedestal e passamos a servir. É no serviço ao outro que encontramos realização.  O serviço voluntário, o dar sem esperar nada em troca, é a base da nossa verdadeira humanidade e felicidade.O servir tem as suas recompensas. Uma delas é a alegria. Servir faz bem para saúde e para o coração.
               Há uma grande diferença entre “ser salvo” e tornar-se discípulo de Jesus. A primeira diferença é que a salvação é de graça, mas a vida de discípulo tem um preço. Muitos querem apenas a salvação, mas não desejam seguir a Jesus como Ele ordenou.
            O instrumento aferidor para saber se alguém é discípulo de Cristo é o amor: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Portanto, coração e mãos à obra de Deus!

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